terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre Frank Sinatra

Hoje, por mais que o dia esteja aberto, com sol, os passarinhos cantam como um Sinatra no auge, não consigo ver beleza em nada. Hoje o dia tá triste por mais que chova bolinho de arroz da Dona Elisa e me telefonem dizendo que ganhei um milhão de dólares. Hoje podia ser qualquer dia, menos hoje.

O dia depois de ontem

Hoje o dia está frio, nublado, cinza, poderia ser triste, os pássaros se escondem das lufadas geladas e escondem em seus pequenos peitos a vitrola onde antes Sinatra evocava um Dó Maior, mas hoje, apesar de Sinatra estar morto e as lufadas de vento atingirem meu rosto, congelarem o silêncio dos mortos, eu ouço e vejo a felicidade em cada poeira, em cada canto e nas folhas secas do inverno.